O presente artigo tem como objetivo apresentar os principais critérios de conceção das soluções adotadas para uma escavação profunda em meio urbano, realizada no âmbito da construção dos 6 pisos enterrados do Hotel Meliã, localizado no cruzamento da Av. Fontes Pereira de Melo com a Av. António Augusto Aguiar, em Lisboa. A construção compreende uma escavação de cerca de 22m de profundidade, intercetando, maioritariamente, camadas de aterro e os terrenos do Miocénico de Lisboa, bem como elementos de fundação de antigas estruturas pré-existentes no local. Os principais condicionamentos da solução estão relacionados com as condições de vizinhança, uma vez que o local é ladeado por duas estruturas importantes, o Túnel do Metropolitano de Lisboa, localizado sob a Avenida Fontes Pereira de Melo (lado Sul), e o Túnel do Marquês, situado sob a Avenida António Augusto Aguiar (lado Poente). Refere-se ainda o desnível de cerca de 12m que o lote apresenta entre estas avenidas e a Rua São Sebastião da Pedreira (lado Nascente). São descritos os principais aspetos de projeto e da construção, inerentes às soluções de contenção periférica adotadas, as quais consistiram, essencialmente, numa cortina de estacas em betão armado e, apenas em um dos alçados, numa contenção do tipo “Berlim definitivo”, com pré-tratamento do terreno a tardoz com colunas de calda de cimento. Ambas as soluções foram travadas através de bandas de laje, em betão armado, até à profundidade de influência dos túneis e, abaixo desta, através de ancoragens provisórias.
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