O presente artigo tem como objetivo apresentar as soluções estudadas e desenvolvidas para as fundações e para a escavação e contenção periférica de um edifício de habitação, em Aveiro, dispondo de uma área de implantação de cerca de 500 m2, com um piso enterrado e seis pisos acima do solo. Tendo por base os condicionamentos existentes, bem como o facto das cargas a transmitir ao terreno serem, sobretudo, verticais, preconizou-se o recurso a uma solução de fundações do tipo CPRF (solução combinada de laje e de fundações indiretas), materializada por uma laje de ensoleiramento geral, em betão armado, integrando capiteis onde foram, por sua vez, encabeçadas microestacas cravadas, por via seca, constituídas por tubos em ferro fundido dúctil. As microestacas irão permitir a transmissão, em condições de segurança, das cargas provenientes da estrutura do edifício à formação competente, correspondente às “Argilas de Aveiro”, datadas do Cretáceo. Os dois principais condicionamentos ao projeto e à obra foram a cota do nível freático, devido à proximidade à Ria de Aveiro, assim como a existência de uma parede, previamente executada na periferia do recinto da escavação. Por estas razões, a solução de contenção periférica, consistiu na execução de uma segunda parede, em betão armado, betonada contra a parede pré-existente e travada provisoriamente por escoras metálicas horizontais nas zonas de canto e inclinadas nas zonas centrais, instaladas de forma devidamente faseada com os trabalhos de escavação e execução da laje de fundação.
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