Os projetos de solo grampeado são baseados essencialmente na resistência ao arrancamento dos elementos de reforço inseridos no maciço. Este parâmetro é obtido por meio de ensaios de arrancamento executados em campo nas condições mais representativas do terreno e da obra. Na fase de projeto, os valores de resistência ao arrancamento são geralmente estimados por correlações empíricas, os quais são verificados por meio de ensaios de arrancamento realizados durante a fase de execução da obra, permitindo ajustes de projeto. Desta forma, este trabalho apresenta relações empíricas obtidas a partir da análise de um banco de dados gerado após ampla pesquisa na literatura nacional brasileira. O banco de dados é composto por 445 ensaios, sendo a grande maioria executada no eixo Rio de Janeiro – São Paulo, seguida por Minas Gerais e Brasília. Foram analisados os resultados dos ensaios de arrancamento por região, por tipo de solo, por método executivo e por parâmetros de resistência diretos e indiretos. Apesar das dispersões inerentes ao banco de ensaios brasileiros, o estudo possibilitou a proposta de novas correlações para a estimativa da resistência ao arrancamento em função do índice de resistência à penetração, NSPT, geralmente determinado em investigações preliminares do terreno. As correlações propostas consideram o tipo de terreno, solos argiloso ou arenoso, e o processo executivo correspondente ao número de injeções de nata de cimento, uma injeção única (bainha) ou mais injeções (bainha e reinjeção), permitindo uma estimativa rápida e fácil da resistência ao arrancamento a ser adotada em projetos preliminares e básicos.
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