Este trabalho apresenta as soluções e técnicas passivas empregadas para estabilização e proteção da área de uma encosta após um movimento de massa. A área onde ocorreu o movimento de massa se encontra em um condomínio em Pedro do Rio, 4º distrito do município de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste do Brasil. No dia 16 de janeiro de 2016, durante fortes chuvas, a casa localizada no terreno do condomínio foi severamente danificada após um grande movimento de massa iniciado na região mais elevada da encosta. A trajetória deste movimento seguiu o talvegue natural atingindo a infraestrutura a jusante. O movimento deflagrado foi do tipo “complexo”, iniciou-se no topo da encosta, com uma ruptura planar do solo, carreando este material na direção da trajetória natural do talvegue, induzindo uma corrida de detritos. Para recuperação e estabilização do talude natural a montante da casa, estudou-se um conjunto de técnicas de engenharia geotécnica consideradas soluções inovadoras, que quando aplicadas em conjunto conseguem promover mitigação e proteção. Tais soluções devem ser de baixo custo e rápida execução, conseguindo assim num curto período de tempo, recuperar, estabilizar e proteger a área da infraestrutura de um novo movimento de massa. A intervenção da área foi definida a partir do risco oferecido pelas condições de potencial instabilidade da área e dos materiais remanescentes depositados na trajetória do talvegue, uma vez que foi identificada a possibilidade de um novo movimento. As técnicas de contenção estudadas foram: Solo Grampeado Verde, barreira dinâmica, Sistema de revestimento superficial com tela de alta resistência e chumbadores, barreira de impacto, ancoragens individuais com uso de chumbadores (em alguns blocos e lascas), além de um sistema de drenagem no formato espinha de peixe ao longo do talvegue, de forma de canalizar a água proveniente de futuras chuvas.
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