A reabilitação urbana é um tema que tem vindo a assumir enorme importância ao longo da última década em Portugal. Neste âmbito, a geotecnia é quase sempre fundamental na tomada de decisões relacionadas com a reabilitação do património edificado, pois permite avaliar a interação solo-estrutura e definir os métodos mais apropriados para cada tipo de obra. O presente artigo pretende evidenciar as principais tecnologias construtivas de natureza geotécnica usadas com maior frequência na reabilitação de edifícios, descrevendo-se o seu campo de aplicação e correspondentes vantagens e desvantagens. Nele são analisados diversos casos de obra, sistematizando-se as suas principais condicionantes e as respetivas soluções adotadas. Com este trabalho pretende-se contribuir para uma melhor compreensão dos problemas inerentes ao processo de reabilitação urbana, nomeadamente a execução de contenções periféricas com ou sem recalçamento ou reforço de fundações. Para tal, serão tidas em consideração as técnicas disponíveis e a frequência da sua utilização, bem como as razões da sua preferência e os seus problemas construtivos e também as consequências de ordem geológico-geotécnica e estrutural na própria obra ou em edifícios e terrenos contíguos.