A pista e os caminhos de circulação do Aeroporto Internacional de Macau foram construídos numa ilha artificial de 130 hectares ao largo da Ilha da Taipa. A natureza geológica das formações subjacentes era particularmente difícil para suportar o aterro e muito especialmente para acomodar as fundações de uma pista e caminhos de circulação que se queriam capazes de servir todo o tipo de aeronaves existentes. O período de tempo disponível para a construção do empreendimento era particularmente curto pelo que não era possível aceitar o espaço de tempo requerido para uma prolongada consolidação dos aterros. O presente artigo descreve sumariamente os estudos que foram feitos para a previsão dos assentamentos e consequente dimensionamento e tratamento das fundações da pista e dos caminhos de circulação no caso de se optar por uma solução alternativa em aterro. Os resultados desses estudos e as consequentes alterações de projecto permitiram a aceitação dessa alternativa pelos bancos e pelos accionistas e foram decisivos para a viabilidade do projecto. Este artigo descreve também o plano de monitorização dos aterros, os cuidados tidos na execução dos mesmos, os primeiros resultados de assentamentos obtidos, a comparação com as previsões oportunamente feitas, a explicação dos desvios verificados e as recomendações para o futuro. Com base nos resultados obtidos concluiu-se que não será necessária uma correcção longitudinal do pavimento da pista antes do ano 2015.