A liquefação sísmica tem consequências devastadoras provocando danos materiais e perdas humanas, pelo que é fundamental tomar medidas para mitigar ou minimizar esses danos. Neste trabalho, foi avaliada a resistência à liquefação de um solo arenoso da zona de Coimbra com granulometria uniforme enquadrada nos limites de solos capazes de desenvolver liquefação. Foi também avaliada a correção granulométrica deste solo através da introdução de finos, com diferentes percentagens do mesmo solo moído ou de cinzas volantes, bem como a resistência à liquefação dessas frações finas. Para esse efeito, foram realizados ensaios triaxiais de compressão monotónica não drenados, bem como várias medições da velocidade de propagação das ondas sísmicas P e S através de bender elements e transdutores ultrassónicos. Os resultados dos ensaios triaxiais mostraram que o tratamento por correção granulométrica por si só não impede a liquefação da areia de Coimbra, pelo que se procedeu à estabilização química do solo através da ativação alcalina, sendo a resistência à liquefação avaliada através da velocidade de propagação das ondas sísmicas. Neste caso, a composição dos provetes consistiu numa mistura de solo e cinzas volantes, ao qual se juntou o ativador alcalino constituído por água, silicato de sódio e hidróxido de sódio. Várias concentrações de ativador foram testadas, nas quais se mediram velocidades das ondas de corte muito superiores àquelas medidas nos ensaios triaxiais onde se observou liquefação. A realização de um ensaio triaxial com uma amostra estabilizada quimicamente comprovou o aumento da resistência conseguido pelo tratamento químico, uma vez que esta não liquefez contrariamente ao que tinha ocorrido nas misturas não estabilizadas.
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