A Linha Ferroviária do Sul, no troço Amoreiras-Messines, encontra-se inserida no Grupo do Flysch do Baixo Alentejo (Formação de Mira), num ambiente geológico-geotécnico de maciços rochosos de baixa resistência e com uma especificidade própria duma zona fortemente tectonizada. Na sequência de intensos períodos de precipitação, foram identificados fenómenos de instabilidade em diversos taludes ao longo do troço Amoreiras-Messines, que obrigaram a restrições na circulação ferroviária, por forma a garantir as condições de segurança. No presente artigo descrevem-se três casos de escorregamentos detetados em taludes de escavação, situados no lado direito da via férrea, ao km 237+400 (T237), km 250+800 (T250) e km 286+800 (T286). Os taludes T237, T250 e T286 correspondem a taludes de grande altura, respetivamente, com 23 m, 16 m e 22 m. São também descritas as medidas de estabilização implementadas que permitiram repor as condições de segurança na exploração ferroviária naquele troço da Linha do Sul. De salientar que as empreitadas de estabilização decorreram sempre com a linha ferroviária em exploração, tendo assim resultado uma forte condicionante às soluções e medidas preconizadas.
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