Existem diversos factores que promovem o desenvolvimento de fenómenos de instabilização de taludes que apenas são detectados, muitas das vezes, tardiamente. Se não é de estranhar que ocasionalmente possam ocorrer deslizamentos em taludes naturais com inclinações agressivas e constituídos por materiais de fracas características geotécnicas, já o mesmo não sucede quando as roturas se desenvolvem em taludes de inclinação reduzida em formações que não aparentam indícios de instabilidade. No presente artigo são tecidas algumas considerações relativamente aos principais agentes de instabilização nesses casos, dando-se particular ênfase à interacção entre o maciço e a variação das tensões neutras e apresenta-se um exemplo prático, onde se descreve um caso de instabilidade de um talude natural em solos, ocorrido na EN 243 ao km 45+650. Indicam-se, assim, os trabalhos de prospecção geotécnica e ensaios realizados para a sua caracterização, o modelo geológico e geotécnico definido em conformidade, os cálculos efectuados e a solução de estabilização encontrada.
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