Entre as aplicações, a escória de cobre pode ser utilizada em processos de jateamento até a perda de suas propriedades abrasivas e, em seguida, é descartada no meio ambiente. Contudo, buscando encontrar uma maneira menos impactante e um aproveitamento mais nobre para este material, a estabilização de solo pode ser uma opção atrativa como destino final para esse resíduo industrial. Assim, o objetivo da presente pesquisa é avaliar o comportamento físico, mecânico e hidráulico de um solo estabilizado granulometricamente com diferentes porcentagens de escória de cobre jateada que variaram de 10 a 50% em relação à massa de solo seco. Os ensaios envolveram a caracterização física (granulometria, limites de Atterberg e densidade real dos grãos), compactação (Proctor intermediário), resistência à compressão simples, California bearing ratio, permeabilidade, lixiviação e solubilização da escória. O solo (SC) apresentou característica areno-argilosa de média plasticidade e a escória de cobre jateada (SP-SM) apresentou comportamento de uma areia mal graduada não plástica e classificada como um resíduo classe II – não perigoso – não inerte. Os resultados demostraram que a adição de escória faz aumentar a fração areia e a densidade e reduzir a plasticidade das misturas. Nos ensaios mecânicos, a escória reduziu a umidade ótima, aumentou a massa específica aparente seca máxima e a resistência. O CBR atingiu o valor máximo para 40% de resíduo na mistura. No ensaio de permeabilidade, o menor coeficiente alcançado foi para a mistura de 20% de escória, entretanto a ordem de grandeza permaneceu constante para as outras misturas. A pesquisa mostrou que a escória de cobre jateada contribuiu para a estabilização granulométrica do solo, garantindo maiores resistências, menor permeabilidade e plasticidade, o que indica uma alternativa de aproveitamento geotécnico desse resíduo.