A técnica de estruturas de contenção com ancoragens reinjetáveis e protendidas é muito utilizada no Brasil, mas há ainda muito o que se estudar sobre a determinação da carga de ruptura geotécnica e o dimensionamento do bulbo ancorado. Para o desenvolvimento deste trabalho utilizou-se um banco de dados de 40 tirantes executados em uma cortina atirantada do município de João Monlevade. Através da análise dos ensaios de recebimento, aplicou-se a extrapolação matemática de Van der Veen (1953), obtendo-se estimativas das cargas de ruptura para cada um dos tirantes executados na obra. Com esses valores de capacidade de carga e considerando o critério de exclusão de Aoki (2013) para cada uma das ancoragens, calculou-se, baseado na metodologia de Porto (2015), os comprimentos ancorados dos tirantes considerados “confiáveis”. Comparando os mesmos com o comprimento ancorado de projeto, os resultados encontrados se mostraram satisfatórios, já que os comprimentos ancorados provenientes da extrapolação foram menores que o comprimento ancorado de projeto, obtendo assim, relativamente, um dimensionamento mais econômico. Além disso, esse trabalho propôs um valor de “coeficiente de ancoragem” para o solo do tipo silte argilo arenoso, característico do local de construção da cortina atirantada, mostrando a relevância desse parâmetro na determinação de estimativas da capacidade de carga de ancoragens neste tipo de solo.
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