O talude da Casa de Força da barragem de Atalho foi escavado em xistos com injeções graníticas, fraturado e dobrado, típico caso de estruturas geológicas complexas (EGC). A rocha que predomina no local é o xisto verde e o xisto cinza (grafita xisto), frequentemente fraturado por duas famílias de fratura F1 e F2 e uma falha de alívio. As fraturas e falha são preenchidas por material alterado e exercem grande influência na variação do ângulo de atrito interno do maciço juntamente com os planos de xistosidade. A falha ou descontinuidade presente também foi identificada como formadora de um típico Plano de Slickenside Principal (PSP) e mantém o controle dos blocos com roturas secundárias por cunha, quando comparados ao principal sistema de falhas que cortam o talude. Observou-se que a falha por cisalhamento poderia desencadear uma zona de instabilidade na forma de rotura planar após o enchimento do reservatório da barragem a jusante (Porcos). Entre os problemas associados a estas rochas estão ainda, os diferentes graus de alteração entre o xisto e o granito que provocam mudanças na coesão e ângulo de atrito do maciço rochoso em diferentes locais do talude. Esses sistemas metamórficos encaixam-se também na interpretação das estruturas geológicas complexas (EGC). Por fim, a sugestão de estabilização sob a ótica dos planos de slickensides que controlam a estabilidade do talude deve ser observada, visando melhorar as condições de estabilidade no talude gerado pela escavação do maciço rochoso na casa de força. Os estudos desenvolvidos estão fundamentados no mapeamento geoestrutural, classificação geomecânica, ensaios de laboratório e análise dos dados com utilização do software Rocplane da Rocsience. As medidas de contenção levaram em conta ainda os materiais e equipamentos disponíveis em obra, com execução de ancoragens associadas a um faceamento em tela metálica e concreto projetado.
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