O objetivo desta pesquisa é avaliar o comportamento físico-químico do resíduo produzido no processo de extração de ouro da mineradora Kinross, localizada na cidade de Paracatu-MG, Brasil. Este resíduo foi associado à escória de dessulfuração, um resíduo produzido no processo siderúrgico. Além de melhorar as características mecânicas da mistura, como a resistência à compressão axial e a capacidade de suporte, a pesquisa visa verificar se as concentrações de sulfeto/sulfato finais estão dentro dos limites propostos pela ABNT (2004), Resíduos Sólidos – Classificação. No processo de preparação das amostras foi utilizada a escória de dessulfuração em concentrações: 20%, 30% e 40% em relação ao resíduo de mineração. Os melhores resultados foram para as amostras com 40% de concentração de escória de dessulfuração que permitiram um ganho de 1450%, na capacidade de suporte, visto que o ISC (Índice de Suporte Califórnia) do resíduo de mineração foi de 1,68%, após 96 horas de ensaio. A amostra com 40% de escória de dessulfuração proporcionou um ISC de 24,37%, após 96 horas e um ISC de 63,93% ao final de 28 dias. Além disso, ao se analisar as concentrações de sulfeto/sulfato das soluções coletadas através do ensaio de Coluna, pode-se verificar que as amostras apresentam em sua solução solubilizada concentrações maiores que 250 mg/L de Sulfato, o que permite classificar o resíduo segundo a ABNT (2004), como um resíduo Não Perigoso e Não Inerte – Classe II A. Sendo assim, esse material apresenta propriedades tais como: a biodegradabilidade, a combustibilidade ou a solubilidade em água. Logo, após as análises do comportamento físico-químico, constata-se a viabilização sustentável entre à incorporação dos dois resíduos na aplicação em estradas vicinais. Isto porque o composto final apresentou um bom comportamento mecânico e não nocivo a saúde humana, destacando-se ainda mais pela reutilização de resíduos que antes eram apenas descartados no meio ambiente.
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