No presente artigo são apresentadas as soluções implementadas para os trabalhos de escavação e contenção periférica, necessárias à execução dos pisos enterrados do edifício localizado na Travessa do Abarracamento de Peniche Nº17 e na Rua Eduardo Coelho Nº10 e 10A, em Lisboa. Situado numa área histórica e numa malha fortemente urbanizada e complexa. O edifício é constituído por três pisos elevados, piso térreo e três pisos enterrados. A fachada principal e empenas meeiras tinham obrigatoriamente de ser preservadas. A escavação, com cerca de 10m de profundidade máxima, foi executada essencialmente sobre solos da formação Miocénica “Argilas dos Prazeres”. A preservação da fachada principal e empenas meeiras, determinou, por sua vez, a necessidade de recalçamento e de contenção das mesmas, soluções que foram devidamente articuladas com a de contenção periférica. Com o objetivo de minimizar a descompressão dos terrenos envolventes e minimizar as consequentes deformações, respeitando todos os condicionamentos, em particular os geológicos e geotécnicos, a preservação da fachada principal e empenas meeiras, bem como os de acessibilidade e de vizinhança, optou-se por uma solução de parede de contenção periférica, executada ao abrigo da tecnologia do tipo “Berlim Definitivo”, com 30cm de espessura, complementada com a realização de colunas de calda de cimento Ø250mm//0.25m, para tratamento prévio dos materiais de aterro, no tardoz da mesma. A parede de contenção periférica foi travada horizontalmente com recurso a escoras metálicas e ancoragens provisórias, com comprimentos variáveis entre 13 e 20m.
Área Reservada
Login
ou
Inscreva-se
Menu