No presente artigo são apresentadas as soluções implementadas para os trabalhos de escavação e contenção periférica, necessárias à execução dos pisos enterrados do Edifício Phoenix, que terá o propósito de acomodar espaços de escritórios. O edifício será constituído por cobertura, 7 pisos elevados, piso térreo e 3 a 5 pisos enterrados (na zona mais profunda). A escavação, com cerca de 19m de altura máxima, foi executada em aterros heterogéneos recentes, Areolas da Estefânia e Argilas dos Prazeres, recobrindo os materiais do Oligocénico (Formação de Benfica). A obra localiza-se num lote da Avenida Álvaro Pais, em Lisboa, confinado por diversas infraestruturas, em particular as enterradas, que na sua maioria são coletores de esgotos e condutas de água, acesso ao Túnel do Rego e linhas férreas da IP, com importantes restrições de deformações, aspeto considerado na conceção e dimensionamento da solução de contenção periférica. Com o objetivo de minimizar as descompressões dos terrenos envolventes e de minimizar as consequentes deformações, bem como de respeitar todos os condicionamentos existentes, optou-se por uma solução de contenção periférica constituída por uma parede moldada, em betão armado, com 50cm de espessura, travada provisoriamente através de ancoragens e de escoras de canto metálicas. Por fim, destaca-se ainda que a instrumentação e observação da estrutura de contenção periférica e respetiva envolvente, durante os trabalhos de escavação, foi realizada com recurso a um sistema de leituras automatizado, permitindo a realização de leituras em tempo real de todos os aparelhos.
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