No presente artigo são apresentadas as soluções implementadas para os trabalhos de escavação e contenção periférica, necessárias à execução dos pisos enterrados do edifício designado Camillo 25, destinado a habitação, localizado na Rua Camilo Castelo Branco, nº 25, em Lisboa, no interior de uma malha fortemente urbanizada e complexa. O edifício será constituído por seis pisos elevados, piso térreo e três pisos enterrados. A escavação, com cerca de 11m de altura máxima, foi executada integralmente em aterros heterogéneos recentes, depositados sobre formações do Miocénico e do Complexo Vulcânico de Lisboa. A preservação da fachada principal, determinou a necessidade de recalçamento e de contenção da mesma, soluções que foram devidamente articuladas com a de contenção periférica. Com o objetivo de minimizar as descompressões dos terrenos envolventes e de minimizar as consequentes deformações, respeitando todos os condicionamentos, em particular os geológicos e geotécnicos, a preservação da fachada principal, bem como os de acessibilidade e de vizinhança, optou-se por uma solução de parede de contenção periférica, executada ao abrigo da tecnologia do tipo “Berlim Definitivo”, com 30cm de espessura, complementada com a realização de colunas de calda de cimento, para tratamento prévio dos materiais de aterro, no tardoz da mesma. A parede de contenção periférica foi travada horizontalmente com recurso a bandas de laje com 15m no maior vão, a serem integradas na estrutura dos pisos enterrados edifício.
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