Em obras geotécnicas, o solo é fundamental no processo construtivo, pois será o responsável pela capacidade de suporte das solicitações impostas, além de determinar características essenciais do projeto. Contudo, na natureza, os solos são encontrados nas mais diversas variedades, e muitos não cumprem as especificações técnicas para a função a qual se destinam, sendo necessário escolher alguma das seguintes soluções: abandonar o local e optar por outro com solo apropriado, substituir o solo indesejado, adaptar o projeto às condições existentes ou modificar as propriedades do solo. A modificação através da estabilização química torna-se uma alternativa para melhorar o comportamento do solo. A cal tem sido um dos aditivos mais utilizados na estabilização de solos e sua aplicação promove reações, que reduzem a plasticidade e conferem resistência. Assim, esta pesquisa tem como objetivo avaliar o melhoramento físico-mecânico de um solo argiloso com teores de 1% a 11% de cal. Os ensaios realizados foram análise granulométrica, massa específica real, limites de Atterberg, compactação, índice de suporte Califórnia, resistência à compressão simples, capacidade de troca de íons de cálcio e pH. Os resultados mostraram que o aditivo promoveu diminuição da fração argila e aumento da fração de silte do solo. Também ocorreu redução do limite de liquidez, aumento do limite de plasticidade e da umidade ótima e redução na massa específica aparente seca máxima em comparação ao solo natural. Verificou-se que as misturas apresentaram aumento da capacidade de suporte e da resistência à compressão na condição de submersão. Observou-se ainda que há elevação do pH e da concentração de íons de cálcio, conforme se adicionava cal. Notou-se que, entre todos os teores de cal estudados 7% seria o mais indicado, uma vez que apresentou maior resistência à compressão, atingiu pH que favorece as reações e um teor de cálcio trocável elevado, em relação aos outros teores.
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