Com o intuito de buscar soluções alternativas no sistema rodoviário brasileiro, o presente estudo visa conhecer melhor os solos tropicais/lateríticos para serem utilizados em bases e sub-bases de pavimentos, melhorando suas propriedades com adições de cal e cimento. Dos materiais utilizados na pesquisa, o solo provém do município de Cândido Godói, estado do Rio Grande do Sul, a cal é do tipo hidratada de classe CH-II Dolomítica e o cimento é do tipo Portland de classe CP-IV. Inicialmente, caracterizou-se o solo baseado na metodologia MCT. A quantidade de cal e cimento utilizada nas misturas foi norteada pelo ensaio físico-químico e pela ASTM D 3282, respectivamente. Para a determinação da massa específica das misturas, juntamente com a umidade ótima das mesmas, foram realizados ensaios de compactação Mini-Proctor. As moldagens dos corpos de prova foram executadas utilizando-se misturas de solo-cal e solo-cimento, além de corpos de prova de solo natural. Foram moldados 28 corpos de prova cilíndricos de dimensões 5×10 cm de cada composição e deixados em cura em temperatura controlada durante 7, 28, 56, 90, 120, 180 e 270 dias. Após cada idade de cura, os corpos de prova de cada mistura foram submetidos ao ensaio de compressão simples não confinado. Ao final dos rompimentos, percebeu-se que a adição de solo-cal não apresentou um ganho substancial na resistência, diferente da mistura de solo-cimento, que atingiu valores de resistência à compressão simples maiores que 2,1 MPa. Outro dado relevante, é que em todas as misturas houve um aumento na rigidez das amostras, diminuindo desta forma as deformações encontradas na camada final do revestimento. Conclui-se assim, que houve uma melhora nas propriedades do solo com as adições de cal e cimento, havendo um aumento tanto na resistência, quanto na rigidez do solo estudado, sendo o cimento o aditivo químico indicado para este solo argiloso laterítico.
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