O elevado nível de serviço exigido nos aterros de aproximação a obras de arte tem vindo a motivar o estudo das soluções correntemente utilizadas e do comportamento dos materiais geotécnicos que os constituem. Sendo fundamental assegurar uma transição gradual de rigidez entre a obra de arte e o solo em pontes convencionais, garantindo a limitação dos assentamentos do pavimento, é ainda mais premente essa necessidade na transição a pontes integrais. Nestas, a deformação da estrutura, resultante dos efeitos diferidos no tempo, é transferida aos aterros de transição devendo ser acomodada por estes sem que sejam violados os critérios definidos pelo nível de serviço exigido. Quando as deformações impostas pela obra ao aterro se estimam reduzidas, tipicamente em obras de pequeno porte, as soluções de transição convencionais são por vezes utilizadas. Contudo, no caso de pontes de comprimento médio a elevado e sempre que o nível de serviço é exigente, estas soluções não se apresentam suficientes, conduzindo à necessidade de manutenção frequente. Assim, várias soluções geo-estruturais têm sido apresentadas, incluindo o recurso a geossintéticos e outros geomateriais, visando a mitigação dos fenómenos que resultam da perturbação do solo anterior aos encontros da obra, possibilitando assim a aplicação do conceito integral a obras de maior importância, nas quais o benefício económico que poderá advir deste tipo de conceção é significativo.
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