Este trabalho analisa o comportamento de ancoragens reinjetáveis e protendidas em solo, as quais são largamente aplicadas em grandes contenções, principalmente em áreas urbanas. É apresentado um método de previsão da curva carga-deslocamento do topo da ancoragem, resultado da tese de doutorado apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Souza [1], na qual foram analisadas 154 ancoragens, sendo 42 procedentes de 7 Ensaios Básicos realizados na Grande São Paulo, entre 1973 e 1990, relatados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, e 112 executadas em obras reais de contenção na Cidade de São Paulo. Tal método se baseia num modelo cujas funções de transferência de carga bulbo-solo são do tipo elasto-plástico, considera a deformabilidade do bulbo e inclui a análise do descarregamento da ancoragem. Esta análise permitiu mostrar que no final do descarregamento o bulbo pode apresentar um alongamento aprisionado, devido à inversão do atrito bulbo-solo na sua parte superior, resultando numa interpretação mais realista do deslocamento residual da ancoragem medido no ensaio de protensão.