As fibras de coco verde e os resíduos de fibras têxteis de pneu (RFTP) são subprodutos que podem se tornar um passivo ambiental ao serem descartadas em locais inadequados. Solos expansivos, ao expandir e contraírem, podem alterar seu comportamento hidromecânico com o surgimento de fissuras que potencialmente alteram o desempenho de elementos estruturais de construções. Nesta pesquisa foi investigada a viabilidade de utilizar as fibras de coco e RFTP como reforço em um solo expansivo de Paulista/PE através de experimentos de laboratório com misturas do solo natural com as fibras nas proporções em peso seco de 0,00%, 0,25%, 0,50%, 1,00% e 2,00%. Para misturas com fibra de coco, o peso específico aparente seco diminuiu com o aumento do percentual de fibras e para com RFTP tendeu a aumentar até o teor de 1%, diminuindo com 2%. Houve aumento da umidade ótima da mistura com fibra de coco ao elevar o teor de fibras e uma redução para com RFTP. Na resistência à tração por compressão diametral houve aumento de 41,93%, com 2% de fibra de coco, e de 45,60%, com 2% de RFTP. A condutividade hidráulica não mudou significativamente com a adição de ambas as fibras, mantendo-se com ordem de grandeza de 10-8 cm/s. O coeficiente de intensidade de fissuração (CIF) diminuiu à medida que o teor de fibras aumentou, levando à máxima redução de fissuras no percentual de 2% de ambas as fibras estudadas, sendo a de coco a que mais reduziu a fissuração.
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